O MinasCraft propõe uma arquitetura que trabalha uma linguagem geometrizada, com formas simplificadas, ortogonais, dentro  de um jogo volumétrico. Uma intervenção que busca dar destaque aos elementos que compõem a essência do conjunto  arquitetônico Art Déco do complexo educacional Izabela Hendrix. O Art Déco como linguagem na arquitetura é marcado pela busca de uma estética da máquina fundamentada em valores universais da cultura clássica, expressos em elementos de composição do edifício como o equilíbrio e a harmonia, no MinasCraft buscamos brincar com essas amarras dos primórdios do conjunto arquitetônico onde o novo espaço irá acontecer, isto se dá por elementos que compõem a proposta, que sugerem a explosão dos originais ou, em outros momentos e espaços, criando formas geometrizadas ou até “geometrizantes” que também retomam uma estética da máquina, agora uma máquina dentro de uma realidade informacional, que cria e recria imagens “pixeladas”.
Os espaços do MinasCraft buscam figurar como aparatos que promovam a interatividade, que promova o efêmero dos usos do lugar, e não os prescreva, uma arquitetura que não seja um objeto fechado, mas sim, um objeto construído e reconstruído durante o seu uso e manipulação, uma arquitetura virtual que se realize na experiência. O sujeito da história no MinasCraft são as pessoas que irão se apropriar destes espaços, sua autonomia é respeitada e estimulada. Busca estimular novos olhares sobre a cidade, através de sua rampa que percorre a copa das árvores e aproxima as pessoas de edifícios que contam a história de Belo Horizonte, como um convite para aqueles que passam pela esquina da Bahia com a Alvarenga Peixoto para descobrir novas visadas e novas perspectivas para a cidade e sobre a cidade. Após usufruir da rampa, o sujeito chega ao MinasCraft, um lugar aberto a várias possibilidades, que cria vazios, outros espaços, outras possibilidades, um lugar para reinventar e redescobrir as potencialidades do encontro, da vida em comunidade, da cidade como uma festa.